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TRANSFOPRESS - português

CHAMADA
TRANSFOPRESS
Rede transnacional para o estudo da imprensa em língua estrangeira 
(XVIII-XX seculo) 

Os órgãos de imprensa que aparecem em idiomas diferentes dos idiomas nacionais constituem um fenômeno internacional a um só tempo importante, antigo, e ainda atuais, que alguns exemplos permitem ilustrar. Em Londres, depois em Saint-Hélier na Ilha de Jersey, entre 1853 e 1856, l’Homme, Journal de la démocratie universelle, editado por Charles Ribeyrolles, se endereça aos exilados do golpe de Estado de 2 de dezembro de 1851. Ao mesmo tempo na França, os Galignani, editores anglo-parisienses, difundem seu diário em inglês, lido no mundo inteiro, Galignani’s Messenger (1814-1890). Em outros lugares, os periódicos em língua estrangeira viram igualmente o dia, alguns nasceram nas comunidades de imigrantes, como La Estrella de Chile (1891) em Paris, outros se queriam órgãos de comunicação transatlântica, tal como El Correo de ultramar (1842-1886), igualmente publicado na Cidade Luz para o mercado hispano-americano. Ainda hoje, o Buenos Aires Herald, a world of information in a few words, fundado em 1876, continua à venda na capital argentina. Na Birmânia, os viajantes e os residentes estrangeiros podem, há alguns anos, ler o Myanamar TimesMyanmar’s first international weekly. Na China, os mesmos têm a possibilidade de consultar o China Daily, em Moscou compram o Moscou News e querem se expandir até Oulan Bator, onde acham o The Mongol Messenger.

Estas publicações são, em sua maioria, as “esquecidas” da história mundial da imprensa. Impressos de um tipo particular, pedem que um novo olhar seja colocado sobre eles. O estado atual dos trabalhos, sobre um corpus do qual ainda é difícil mensurar a importância – na França, para o século XIX, há mais de 500 periódicos em língua estrangeira que atualmente estão recenseados – é ao mesmo tempo embrionário e disperso. Ora, malgrado o número, a qualidade e a perenidade de alguns dentre eles, a maioria deste periódicos têm atraído pouca ou nenhuma atenção dos pesquisadores, quer sejam na França, na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos, ou Canadá, ou mesmo na Austrália, todos, todavia, países de imigração. Os únicos estudos existentes se atêm a um pequeno número, entre os quais estão aqueles associados a pesquisas sobre determinados grupos, como de refugiados políticos, por exemplo. Estes jornais e revistas merecem, no entanto, ser considerados em sua singularidade e como órgãos pertencentes à história das imprensas nacionais. Ora, até então, em razão do “estranhamento” da língua nas quais eles são redigidos, quase todos eles são deixados de lado, sendo que todas as histórias da imprensa têm por objetivo contribuir, essencialmente, à edificação da saga nacional. Hoje, no momento da mundialização, não será justificável encará-los sob uma ótica transnacional? Não será estimulante, ou talvez frutífero, constituir equipes de pesquisadores originários em diferentes países (os latino-americanos e franceses), por exemplo, a fim de estudar os cerca de 80 jornais em espanhol ou revistas em português, publicados em Paris no século XIX?

Ao fim de um trabalho inicial de recenseamento e do desenvolvimento de uma bibliografia sistemática, um encontro científico poderá ser organizado a fim de comparar resultados aos quais os diferentes membros desta rede serão alcançados, especialmente em torno dos temas seguintes: os tipos de publicações, os homens que as iniciaram, as editoras que os lançaram sobre o mercado, as línguas nas quais estes impressos estão redigidos, as redes que usavam, sua longevidade, seu conteúdo, seus leitores, sua área de difusão etc. Uma primeira publicação internacional poderá então ser vislumbrada. Ela poderá tentar melhor definir o papel destes órgãos no movimento geral de circulação dos homens e ideias, de traçar em sua complexidade as transferências culturais às quais elas dão lugar, de compreender as identidades mestiças às quais elas dão nascimento, e, neste sentido, conceber mesmo uma história da globalização da imprensa em língua estrangeira e de sua circulação no mundo.      Os colegas, professores e pesquisadores, assim como estudantes, de todas as disciplinas – historiadores do livro, da imprensa ou da imigração, especialistas de uma área cultural específica, germanistas, hispanistas, anglicistas etc. – interessados em um tal projeto, são convidados a se juntar a esta rede apresentando-se à Diana Cooper-Richet, responsável pelo projeto TRANSFOPRESS em colaboração com Michel Rapoport, pesquisadores do Centre d’Histoire Culturelle des Sociétés Contemporaines (CHCSC) de l’Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines

> Boletim 1 [PDF - 82 Ko]
> Boletim 2 [PDF - 468 Ko]
> Boletim 3 [PDF - 85 Ko]

> Boletim 4 [PDF - 99 Ko]
> Pauta Reunião TRANSFOPRESS BRASIL [PDF - 550 Ko]

Informations complémentaires